terça-feira, 17 de junho de 2014

O Filme do Mês

A Cidade Branca
Dans La Ville Blanche


Realizador: Alain Tanner
               Com: Bruno Ganz, Teresa Madruga, Julia Vonderlinn, 
José Carvalho Francisco Baião, Victor Costa, 
Lídia Franco, Pedro Efe, Cecília Guimarães, Joana Vicente.
Música: Jean-Luc Barbier
Produção: Paulo Branco, Alain Tanner e António Vaz da Silva
Duração: 104 min.
Idade: M/16
Género: Drama
País de Origem: Portugal/Suíça
Ano: 1983, Côr
Sinopse

Paul (Bruno Ganz) é um marinheiro suíço que desembarca em Lisboa, onde decide ficar por algum tempo. Instala-se num quarto, de frente para a zona ribeirinha, e durante dias dedica-se a fazer pequenos filmes da cidade, na sua super-8 mm, que depois envia para a mulher, juntamente com as cartas que lhe vai escrevendo. Até conhecer Rosa (Teresa Madruga), empregada de mesa, com quem vive uma estranha paixão. Em "A Cidade Branca", o realizador Alain Tanner reflecte, mais uma vez, sobre a solidão e a inconstância, num filme em que a luz especial que banha Lisboa é captada de forma inesquecível pela fotografia de Acácio de Almeida. Com esta obra, Alain Tanner foi nomeado, em 1983, para o Urso de Ouro do Festival de Berlim e ganhou, em 1984, o César para o melhor filme estrangeiro.
A autora

Teolinda Gersão nasceu em Coimbra, estudou Germanística, Romanística e Anglística nas Universidades de Coimbra, Tübingen e Berlim, foi Leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim, assistente na Faculdade de Letras de Lisboa e depois de provas académicas professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde ensinou Literatura Alemã e Literatura Comparada. A partir de 1995 passou a dedicar-se exclusivamente à literatura.
Além da permanência de três anos na Alemanha viveu dois anos em São Paulo, Brasil, e conheceu Moçambique, onde decorre o romance de 1997 A Árvore das Palavras.
Autora sobretudo de romances, publicou até agora duas novelas (Os Teclados e Os Anjos) e duas colectâneas de contos (Histórias de Ver e Andar e A Mulher que prendeu a Chuva).Três dos seus livros foram adaptados ao teatro e encenados em Portugal, Alemanha e Roménia: Os Teclados por Jorge Listopad no Centro Cultural da Belém, 2001; Os Anjos por por João Brites e o grupo O Bando, 2003; A Casa da Cabeça de Cavalo ganhou o Grande Prémio do Festival Internacional de Teatro de Bucareste, Roménia, em 2005, com encenação de Eusebiu Stefanescu. Encenada também na Alemanha por Beatriz de Medeiros Silva e o grupo Os Quasilusos, em 2005.
Foi escritora-residente na Universidade de Berkeley em 2004.
O seu livro mais recente é As Águas Livres (2013).
Vive em Lisboa


O Livro do Mês
"A Cidade De Ulisses", de Teolinda Gersão


Sinopse
Um homem e uma mulher encontram-se e amam-se em Lisboa. A sua história, que é também uma história de amor por uma cidade, levará o leitor a percorrer múltiplos caminhos, entre os mitos e a História, a realidade e o desejo, a literatura e as artes plásticas, o passado e o presente, as relações entre homens e mulheres, a crise civilizacional e a necessidade de repensar o mundo.
«Os turistas vão à procura de lugares para fugirem de si próprios, e logo os trocam por outros e fogem para mais longe. Os viajantes vão à procura de si noutros lugares, e nenhum esforço lhes parece demasiado e nenhum passo excessivo, tão grande é o desejo de chegarem ao seu destino. Com sorte conseguem encontrar a cidade que procuram. Ao menos uma vez na vida.»


Novidades para Junho e Julho!

O nosso Livro do Mês será "A Cidade de Ulisses", de Teolinda Gersão e o filme, com debate, "A Cidade Branca" de Alain Tanner.
Faremos uma sessão pública, com exibição do filme e debate, a seguir, no dia 21 de Junho. A discussão do livro será no dia 5 de Julho.
Ambas as actividades no sítio do costume, o Espaço Musas! Contamos com a vossa presença!

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sábado, 31 de Maio, pelas 21h15, no Espaço Musas

(A Costa dos Murmúrios, de Margarida Cardoso)

A Letre7ra avança com a segunda iniciativa pública do seu segundo Livro do Mês.
Desta vez, foi escolhido A Costa do Murmúrios, de Lídia Jorge, tendo como cenário a decadência do colonialismo e a Guerra Colonial em Moçambique.
Programa:
- Breve apresentação da iniciativa e do livro escolhido para este mês
- Exibição do filme A Costa dos Murmúrios, de Margarida Cardoso
- Tertúlia /debate à volta do livro: A Costa dos Murmúrios, de Lídia Jorge

NOTA: Uma vez que o filme a exibir tem a duração de 1h55m, pedimos que estejam no espaço mesmo às 21h15, de forma a garantir tempo para um pequeno debate sobre o livro e o filme, a seguir.
Dependendo do interesse dos presentes, poder-se-á agendar uma sessão exclusivamente para debate e discussão do livro, futuramente.

Contamos com a vossa presença! ;)

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A autora...

Lídia Jorge nasceu em Boliqueime, Algarve, em 1946. Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa, tendo sido professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique, durante o último período da Guerra Colonial. A publicação do seu primeiro romance, O Dia dos Prodígios (1980) constituiu um acontecimento num período em que se inaugurava uma nova fase da Literatura Portuguesa. Seguiram-se os romances O Cais das Merendas (1982) e Notícia da Cidade Silvestre (1984), ambos distinguidos com o Prémio Literário Cidade de Lisboa. Mas foi com A Costa dos Murmúrios (1988), livro que reflecte a experiência colonial passada em África, que a autora confirmou o seu destacado lugar no panorama das Letras portuguesas. Entre outros romances, conta-se O Vale da Paixão (1998) galardoado com o Prémio Dom Dinis da Fundação da Casa de Mateus, o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio de Ficção do P.E.N. Clube, e em 2000, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia, Escritor Europeu do Ano. Passados quatro anos, Lídia Jorge publicou O Vento Assobiando nas Gruas (2002), romance que mereceu o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Correntes d’Escritas.

A autora publicou ainda duas antologias de contos, Marido e Outros Contos (1997) e O Belo Adormecido (2003), para além das publicações separadas de A Instrumentalina (1992) e O Conto do Nadador (1992). A peça de teatro A Maçon foi levada à cena no Teatro Nacional Dona Maria II, em 1997. O romance A Costa dos Murmúrios foi recentemente adaptado ao Cinema por Margarida Cardoso. Os romances de Lídia Jorge encontram-se traduzidos em diversas línguas. Em 2006, a autora foi distinguida na Alemanha, com a primeira edição do Albatroz, Prémio Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass, atribuído pelo conjunto da sua obra. Combateremos a Sombra, apresentado no dia 22 de Março, na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, é o seu mais recente romance, e o Grande Prémio SPA-Millennium a sua mais recente distinção.

Em Portugal todos os seus livros têm a chancela das Publicações Dom Quixote

www.lidiajorge.com

Livro do mês de Maio!


"Publicado em 1988, este romance é uma das obras centrais da escritora.
A acção decorre entre os finais dos anos sessenta e princípio dos anos setenta, em pleno ambiente de guerra colonial, e o livro apresenta-se como uma espécie de testemunho vivido no momento da liquidação definitiva do Império Português. Mais concretamente, passa-se em Moçambique, e tem como palco privilegiado o Hotel Stella Maris,  local onde as mulheres dos oficiais permanecem quando os maridos partem para missões no mato. É aí, num ambiente de grande tensão emocional, que o futuro de todos se joga, e o risco de viver ou sobreviver se torna permanente. Interpretam o jogo do acaso dois casais, Eva Lopo e o alferes Luís Alex, e Helena de Tróia e seu marido Capitão Forza Leal. A partir do jogo dos seus destinos, a narrativa questiona o papel do poder do Estado sobre os indivíduos, e sobretudo o sentido trágico da própria História."

www.lidiajorge.com